Poluição atmosférica e os agravantes males ocasionados por ela nos últimos anos 

11 set
Poluição atmosférica e os agravantes males ocasionados por ela nos últimos anos. Photo: Pluto - Unsplash

Poluição atmosférica e os agravantes males ocasionados por ela nos últimos anos 

De acordo com a nova edição do relatório AQLI (Air Quality Life Index), elaborado pelo Energy Policy Institute, da Universidade de Chicago, dos Estados Unidos, a poluição atmosférica pode ser ainda mais perigosa à saúde que o cigarro, álcool e até drogas. Ainda segundo o levantamento da universidade estadunidense, após o controle da pandemia do coronavírus, a poluição atmosférica deve retornar ao topo do ranking nefasto.

Isso representará o maior fator de risco à saúde, o qual pode reduzir a vida em até 1,9 ano em média.

De acordo com informações divulgadas no final do mês de julho, o documento mostra que, em uma média global, a população em geral está exposta à poluição por material particulado em concentrações de 29 µg/m³.

Isso significa quase três vezes mais que o limite estabelecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde), que é de 10 µg/m³.

Ao seguir essa recomendação, seria possível que a expectativa de vida média superasse os 72 e fosse diretamente para os 74 anos.

Em geral, toda a população ganharia 14,3 bilhões de anos de vida.

Entenda a gravidade da poluição atmosférica para o nosso bem-estar

Ainda em relação à pesquisa, é possível observar dados chocantes em relação aos males atribuídos à saúde pelas consequências geradas pela poluição.

Para se ter uma noção, a má qualidade do ar pode ser prejudicialmente superior ao uso do cigarro, por exemplo (que encurta a vida em 1,8 ano em média), a ingestão de álcool e drogas (com média de 11 meses) e a falta de saneamento básico e água potável (6 meses).

Em mostras mais agravantes podem ser, inclusive, superiores a acidentes (5 meses), a malária (3 meses) e até a HIV/Aids (4 meses).

O relatório do Energy Policy Institute mostra que 79% da população global reside em regiões onde a concentração de material particulado é muito excedente ao limite.

Isso quer dizer que esse problema é muito mais abrangente que se pode imaginar .

Dados da OMS

Segundo cálculos realizados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), é possível que ocorram cerca 4,2 milhões de mortes prematuras anualmente em decorrência da má qualidade do ar no planeta.

Poluição atmosférica no mundo

Atualmente, o Sul da Ásia apresenta a região onde a poluição por partículas tem índices cada vez maiores.

Bangladesh, Índia, Paquistão, Nepal e Cingapura são as piores nações nesse sentido! 

Apenas com exceção de Cingapura, juntas essas localidades correspondem a 23% de toda a poluição mundial.

Em relação a expectativa de vida nessas regiões, O AQLI indica que a média seria de cinco anos a mais se as recomendações da OMS fossem seguidas.

Bangladesh, elegido como o mais poluído de todos, poderia usufruir de uma expectativa ainda superior, de 6,2 anos.

Poluição atmosférica e os agravantes males ocasionados por ela. Photo: Arthur Podzolkin - Unsplash

No Brasil

Em nosso país, segundo o AQLI, a concentração de material particulado no ar é de 9 µg/m. No entanto, essa realidade não refere-se aos grandes centros urbanos.

Em São Paulo, por exemplo, a média está em torno de 28 µg/m³, isso significa praticamente o triplo do máximo de 10 µg/m³ recomendados pela OMS.  

A  má qualidade do ar na capital paulistana reduz a expectativa de vida em cerca de um ano e meio.

Estima-se que a poluição atmosférica no local, incite mais mortes que até mesmo acidentes de trânsito, ou cânceres como o de mama e próstata. 

É o que afirma a especialista Nathalia Villa dos Santos, professora da Faculdade de Saúde Pública e pesquisadora do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da USP.

Mortes crescem significativamente a cada ano em nosso país em decorrência da poluição.

Um importante estudo realizado pelo ministério da saúde aponta que nos últimos 10 anos no Brasil, as mortes decorrentes da poluição atmosférica aumentaram 14%.

Entre os anos 2006 e 2016, os óbitos provocados por Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) — doença isquêmica do coração (DIC), cânceres de pulmão, brônquios, traqueia e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e cânceres de atribuídos a essa causa foram de 38.782 para 44.228.

Um resultado extremamente alarmante!

Dados que podemos observar em nosso dia a dia com a crescente complicação de pessoas com problemas respiratórios.

Entenda o porquê a poluição é tão prejudicial à nossa saúde e quais são seus efeitos químicos no corpo a seguir! 

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